As plantas forrageiras são comumente utilizadas na alimentação animal e por isso têm um papel essencial no agronegócio brasileiro. A ideia principal do manejo é garantir produtividade e qualidade da planta, contribuindo para uma nutrição melhor aos animais. Com isso, entender a produção das forrageiras tropicais no Brasil é uma grande necessidade.
Elas ainda são consideradas “selvagens” na agricultura brasileira, pois não possuem sincronismo no florescimento. Além do mais, a falta de melhoramento genético faz com que a produção de sementes tenha taxa de formação menor que 30%, no caso da Brachiaria spp.
Bom, já deu para perceber os desafios na produção das forrageiras tropicais. Apesar disso, é preciso entender como funciona o desenvolvimento desse tipo e como ele se caracteriza principalmente no nosso país.
Forrageiras tropicais: características
Como comentamos antes, as plantas forrageiras são usadas para a alimentação animal, se caracterizando como leguminosas, herbáceas, gramíneas ou arbustivas. Esse tipo possui uma alta deiscência natural, caindo ao solo assim que atinge 20% de umidade. Além disso, suas sementes apresentam vários estágios de maturação.
Com isso, a colheita dessas sementes deve ocorrer de forma antecipada, com secagem artificial. Porém, para favorecer uma maior produtividade, também é comum escolher a opção de colheita por varredura do solo. Assim, a maioria das sementes completam sua maturação e caem quando degranam.
Optar pela varredura ajuda a conseguir exemplares de alta qualidade fisiológica e potencial maior de rendimento. Ainda assim, outras técnicas podem ser base para uma melhor produtividade das forrageiras tropicais, como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), onde unifica-se sistemas agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área.
Tudo isso, claro, levando em conta a aptidão das sementes e como cada cultivar se adequa melhor ao seu espaço. Pensando nisso, vamos apresentar as principais forrageiras tropicais no Brasil.
Forrageiras no Brasil
Brachiaria brizantha
Muito abundante no nosso país, essa espécie é originária da África, mais especificamente da parte leste do continente. Esse tipo possui grande diversidade morfológica e fenológica, sendo ótimo com adubação e em solos de média e alta fertilidade.
Entretanto, a Brachiaria brizantha não é muito resistente à temperaturas baixas, sendo mais comum em estados que possuem o cerrado no Brasil, como Minas Gerais, Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul. Aliás, a Brachiaria é tão abundante que 100 mil de hectares são produzidos por ano nessas regiões.
Essas informações vieram diretamente do SIGEF, uma ferramenta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a qual consegue dar um panorama sobre o perfil de produção de sementes em vários lugares do Brasil.
Brachiária decumbens
Outra igualmente importante, a Brachiária decumbens é precursora na história da pecuária nacional. Isso ocorre devido às suas características, como a boa adaptabilidade em solos ácidos e com baixa fertilidade e por competir bem com plantas invasoras.
Apesar disso, é muito suscetível às cigarrinhas de pastagens, o que diminui sua habilidade no campo. Mesmo assim, é um tipo bem popular entre os produtores.
Pelo aumento da produtividade das sementes forrageiras tropicais no Brasil
Bom, deu para perceber a importância dessas sementes para o nosso agronegócio e como ainda é um desafio aumentar sua produtividade.
Porém, existem modelos de colheita a se adotar e já há uma grande tradição no uso das forrageiras, por razões óbvias. Afinal, elas são primordiais para alimentar o setor pecuário.
Continue lendo as produções do blog da
Biosul e fique a par de outras matérias sobre o uso de sementes.