O Brasil é o maior produtor de cana de açúcar no mundo. Em 2022, nosso país foi responsável por 654,5 milhões de toneladas destinadas à geração de 41,2 milhões de toneladas de açúcar e 29,7 bilhões de litros de etanol, segundo a Série Histórica das Safras, da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Ainda assim, mesmo com esses números expressivos, as safras vêm enfrentando alguns problemas. Em 20/21, as plantas sofreram com a seca e no ano seguinte foram registradas fortes geadas em importantes regiões produtoras.
De acordo com a Conab, 22/23 traz perspectivas mais positivas, com uma colheita de 70.484 quilos por hectares e estados mostrando um aumento produtivo. Mas, outras localidades ainda sofrem os reflexos dos climas adversos dos últimos anos.
Frente a esses problemas, alguns produtores pararam de produzir. A área destinada ao cultivo de cana reduziu 2,6% e a produtividade das áreas aumentou 1,6%, representando 1% de redução de produção. Dessa forma, a previsão é que a área reduza ainda mais e isso se justifica pela competitividade dos grãos e pelas lavouras de reforma, que tiveram o corte inviabilizado pelas questões climáticas.
Perspectivas positivas com silício
Apesar do cenário adverso, existe a possibilidade do país seguir liderando a produção de cana de açúcar. Para tal, é necessário investir em tecnologias que aumentem a produtividade, como o manejo nutricional.
Uma opção que vem se mostrando satisfatória, e resultando em aumento de produtividade, é a adição de silício na fertilização de cana de açúcar. Vários trabalhos já comprovaram sua eficiência, sendo ele o nutriente mais extraído pela cultura, seguido do potássio, nitrogênio, cálcio e magnésio.
Atuando em funções metabólicas e conferindo à planta maior resistência, sua utilização pode ser realizada via sulco, ou foliar. Ambas as opções apresentam benefícios singulares à cultura.
Benefícios da adubação silicatada
A adição de silício na fertilização da cana promove fortalecimento das plantas, enrijecimento dos tecidos e consequentemente altera a arquitetura foliar tornando-as mais eretas. Com isso, a capacidade fotossintética se potencializa pelo melhor aproveitamento da luz solar, assim como na regulação de estômatos, reduzindo estresse devido à falta de água.
A planta também fica menos suscetível ao ataque de pragas e doenças, isso porque a camada de silício que se acumula na epiderme das folhas forma uma barreira física impedindo o ataque. Além disso, a planta aumenta a produção de voláteis e, em caso de ataque, tais voláteis são liberados no ambiente atraindo mais inimigos naturais que controlarão as pragas.
Aplicação via sulco
Utilizado via sulco, o silício reage com demais nutrientes no solo auxiliando nas interações nutricionais. Essa aplicação possui uma série de vantagens: auxilia na calagem do solo, reduz toxicidade por Alumínio (Al), Ferro (Fe) e Magnésio (Mg) e libera o fósforo adsorvido.
A aplicação também impede a lixiviação do potássio e reduz o estresse salino, permitindo que a adubação nitrogenada seja feita de forma mais abundante. A dosagem do elemento aplicado no solo para a cultura é um número que ainda está sendo discutido pela sociedade científica.
Entretanto, os testes realizados com 800 kg/ha estão se mostrando eficientes devido à grande extração das plantas e ausência do nutriente solúvel no solo.
Aplicação foliar
A aplicação foliar é recomendada de forma sequencial, pois o nutriente é absorvido via estômatos e se deposita na epiderme da folha, conferindo à planta todos os benefícios do elemento. As vantagens de realizar as aplicações via foliar são:
- Menor quantidade do elemento;
- Aplicado com demais produtos;
- Confere os mesmos benefícios no metabolismo da planta.
Incrementos produtivos
Os incrementos produtivos notificados são expressivos, eles resultam em aumentos de produtividade de 11% até 20%, devido aos benefícios citados.
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Verônica Valvassori de Medeiros - Engenheira Agrônoma