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dezembro 2023 Geral

Mulheres no Agronegócio: Por um Setor Mais Diverso, Equitativo e Inclusivo

O agronegócio, tradicionalmente visto como um setor dominado por homens, está vivenciando uma transformação significativa. Uma recente pesquisa apresentada no 7º Congresso Nacional das Mulheres do Agro (CNMA) revela que as mulheres envolvidas neste campo anseiam por um ambiente de trabalho mais equitativo, diversificado e inclusivo. Este estudo, conduzido pela Deloitte e envolvendo 400 mulheres, é um reflexo claro das mudanças necessárias e possíveis no agronegócio.

A Realidade das Mulheres no Agro

A pesquisa destaca que, apesar das mulheres terem uma escolaridade maior do que os homens no setor, elas frequentemente enfrentam desafios em serem reconhecidas por sua capacidade intelectual. 
Surpreendentemente, 41% das entrevistadas relataram ter sua capacidade questionada no trabalho, um número que salta para 75% entre as mulheres mais jovens, de 18 a 30 anos. 
Este dado revela não apenas um preconceito arraigado, mas também um enorme desperdício de talento e competência.

Qualificação Versus Oportunidade

No agronegócio, as mulheres são mais qualificadas do que os homens, com 9% delas possuindo grau superior, comparado a apenas 3% dos homens. Esse contraste se torna ainda mais marcante quando consideramos o mercado de trabalho em geral, onde 30% das mulheres têm ensino superior, contra 16% dos homens. 

Barreiras à Liderança Feminina

Entretanto, a falta de exemplos femininos em posições de liderança é um obstáculo significativo. 
A pesquisa aponta que a ausência de mulheres em cargos de liderança, a falta de políticas de inclusão e a sensação de não serem ouvidas são fatores que desmotivam muitas mulheres a buscar posições de maior responsabilidade no agronegócio.

Desafios e Preconceitos

Curiosamente, os maiores desafios e preconceitos não se limitam a uma área específica. 
Gestores e líderes masculinos foram apontados por 48% das entrevistadas como a principal fonte de desafio e preconceito, seguidos por colegas de trabalho do mesmo gênero (38%), clientes (26%) e subordinados (21%).

A pesquisa do CNMA revela uma realidade inegável: as mulheres do agronegócio estão prontas para assumir papéis de maior relevância e estão buscando ativamente um ambiente mais justo e inclusivo. 
Este é um chamado para que todo o setor reconheça e valorize a contribuição feminina, eliminando barreiras e preconceitos. Afinal, um agronegócio mais diversificado não é apenas uma questão de equidade - é uma estratégia para um setor mais inovador e resiliente.

FONTE: ABMRA
 

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